►SAÚDE DA MULHER
ALIMENTAÇÃO NA GESTAÇÃO
Recomendações
TPM
A tensão pré-menstrual é um conjunto de sintomas físicos e comportamentais que causa sofrimento em grande parte das mulheres. É caracterizada pela ocorrência repetitiva de uma série de alterações físicas, cognitivas e comportamentais. A mulher com TPM costuma se queixar de desconforto, irritabilidade, depressão, fadiga, cefaléia, compulsão por alimentos ricos em carboidratos, além de sensação dolorosa nos seios, abdome ou extremidades.
A TPM pode ser dividida em quatro categorias:
Estudos recentes demonstraram que mulheres que ingeriam alimentos contendo soja apresentavam melhora em alguns sintomas da TPM tais como dor de cabeça, dores nas mamas e diminuição do inchaço. A recomendação nutricional deste período se baseia em repor pela alimentação os seguintes nutrientes:
Vitamina B6: prevenir enjôo, cefaléia e irritabilidade.
Fontes: arroz integral, germe de trigo, aveia, amendoim, nozes, batata, banana, salmão, atum, fígado de boi.
Vitamina E: prevenir cefaléia, dores nas mamas e cólicas.
Fontes: cereais integrais, noz, castanhas, azeite de oliva, azeitona, óleo de soja e de girassol, milho, gema de ovo, agrião.
Cálcio: alivia as cólicas e nervosismo.
Boas fontes: leite e derivados, vegetais e folhas verde escuro, como couve e brócolis.
Magnésio: este mineral tem função complementar às funções do cálcio.
Fontes: folhas verdes escuras.
Estes alimentos são indicados para amenizar os sintomas neste período, sendo também importante evitar o consumo de alimentos ricos em gordura, sal, (embutidos e conservas), açúcares e alimentos com alto teor de cafeína (café, chá preto, mate, coca-cola e guaraná).
MENOPAUSA
Recomendações
Gorduras
A quantidade de gorduras não pode ultrapassar 30% do valor calórico total da alimentação (normalmente são as gorduras da dieta que mais refletem um aumento de peso). Ainda assim, é extremamente importante ter em conta a origem das gorduras, limitando as gorduras de origem animal, mais associadas com a aterogênese; preferindo gorduras de origem vegetal, em particular algumas ricas em ácidos graxos monoinsaturados (azeite de oliva, óleo de canola) e os ácidos graxos poli-insaturados (ômega 3), existentes, sobretudo nas gorduras dos peixes de água fria, pois estes apresentam propriedades preventivas da aterosclerose e que aumentam as taxas de HDL- colesterol (bom colesterol).
Cálcio
Na idade da menopausa deve-se ainda precaver-se contra a osteoporose, doença em que os ossos começam a ficar mais fracos e os riscos de fraturas se tornam mais comuns. Nesses casos, o indicado é ingerir boas fontes de cálcio, como leite e derivados, sardinhas, mariscos, ostras, repolho crespo, folhas de nabo, folhas de mostarda e brócolis; além de praticar exercícios físicos, para deixar os ossos mais resistentes. Evitar cafeína em excesso, pois esta prejudica a absorção do mineral e estimula a saída de cálcio dos ossos. O álcool e a nicotina também dificultam a renovação das células ósseas.
Sódio
Muitas mulheres na menopausa, especialmente aquelas que iniciam reposição hormonal, tendem a apresentar retenção hídrica. Para minimizar o problema é importante restringir o consumo de sódio: reduzir sal de cozinha e alimentos ricos em sódio como embutidos, defumados, enlatados, conservas, temperos, sopas e pratos prontos com glutamato monossódico.
Nutrientes "calmantes"
Certas carências dietéticas poderiam estar ligadas ao desejo por açúcar e doces. Algumas mulheres que complementam sua dieta com magnésio, cromo e vitaminas do complexo B conseguem diminuir o desejo por esses alimentos altamente calórico.
Antioxidantes
São substâncias capazes de defender o organismo dos radicais livres (elementos que aceleram o envelhecimento). Os principais antioxidantes são: a vitamina C (frutas cítricas, tomate, pimentão), o betacaroteno (folhas verde-escuras, vegetais alaranjados/vermelhos como cenoura, mamão, abóbora, beterraba, tomate, melancia), Vitamina E (óleos vegetais, frutas oleaginosas), zinco (carne, ostras, leite, cereais integrais), selênio (peixes, frutos do mar, cereais integrais) e manganês (frutas oleaginosas, como nozes, castanhas, pistache, amêndoas).
Soja e Linhaça
A ingestão de soja e linhaça demonstrou em mulheres pós-menopausa um estímulo do estrogênio (aumentando tanto os níveis de estrogênio, quanto sua atividade).
Por fim, percebe-se que na menopausa é imprescindível adotar uma dieta de maior valor nutritivo com menor valor calórico que o hábito usual anterior, a fim de fornecer o aporte de energia, proteínas, vitaminas e minerais necessários para promover bem estar físico, psíquico e mental e ainda impedir ganho de peso, de gorduras localizadas.
SÍNDROME DO OVÁRIO POLICÍSTICO
A síndrome do ovário policístico (SOP) consiste no crescimento de cistos pequenos dentro no ovário, algum desses cistos contém óvulos, muitos estão inativos, mas alguns secretam hormônios.
Aproximadamente 6 a 10% das mulheres em idade reprodutiva apresenta cistos nos ovários. A ausência da menstruação por mais de 3 meses, surgimento de pelos em lugares que geralmente só os homens apresentam, seborreia, acne e aumento de peso, podem indicar o aparecimento desta síndrome.
O tratamento pode ser a base de hormônios (anticoncepcional), cirúrgico para retirada dos cistos sendo necessária uma reeducação alimentar para perda de peso, que auxilia a não formação de novos cistos.
Características da Síndrome do Ovário Policístico:
Recomendações Nutricionais: